Dia da Consciência Negra

Aproveite o feriado da Consciência Negra e conheça um pouco da história e a importância da data, temos até um socorrense com relevância nacional na literatura, confira:
Comemorado dia 20 de novembro em todo território nacional, esta data foi escolhida por ter sido o dia da morte do líder negro Zumbi, que lutou contra a escravidão no Nordeste. É muito fácil analisar a dor e o sofrimento dos quais que não vivemos, por isso a importância de refletir sobre a posição dos negros na sociedade, representando a luta contra a discriminação e a desigualdade social. As gerações de afro-brasileiros que sucederam à escravidão ainda sofrem diversas formas de preconceito.Os primeiros africanos trazidos para o Brasil como escravos chegaram aqui em 1532, e o fim do tráfico negreiro deu-se em 1850 pela Lei Eusébio de Queiroz.

Após a abolição no dia 13 de maio de 1888, a busca de igualdade pelos direitos dos negros jamais cessou. A discriminação, sentida em todas as áreas, tornou o negro excluído da sociedade, da educação e neste mesmo sentido do mercado de trabalho. Com muita luta, isso vem diminuindo aos poucos, e o negro encontrando lugares nas mais diversas áreas, mas ainda com muito pouco acesso à universidade. Então a data é muito importante para não deixar que esta mancha tão feia na nossa história não seja apagada, servindo de exemplo para que os negros possam ser aceitos da mesma forma que os brancos, lembrando da importância de valorizar qualquer ser humano, principalmente os negros, que contribuíram de maneira tão dolorida, mas enriquecedora com o desenvolvimento do Brasil e de nossa cultura.
No dia 9 de janeiro de 2003, a Lei Federal 10.639 instituiu o “Dia Nacional da Consciência Negra”, no calendário escolar. Desta maneira, o ensino da cultura afro-brasileira passou a fazer parte do currículo escolar em todo o país.
Atualmente, o Brasil concentra o maior número de população negra fora do continente africano. No entanto, mais de 130 anos após a assinatura e oficialização da cidadania do povo negro, muitos ainda se encontram em condições desiguais em relação à população branca. Acredito que a abolição não trouxe soluções eficientes para a inclusão dos ex-escravizados na sociedade, por isso a luta é constante.
Como é belo sentir a leveza com que os negros militam, sempre com força, mas com sutileza, este movimento negro é um conjunto de movimentos sociais que lutam contra o racismo e pela igualdade social. Poderia enumerar milhares de protagonistas e suas lutas. Como o próprio Zumbi dos Palmares que conheceu o lado mais terrível da escravidão e depois de uma batalha foi morto e teve seu corpo exposto em praça pública servindo de lição para que ninguém tentasse ir contra os colonizadores, seu exemplo de luta foi passando de geração em geração e ele acabou sendo escolhido como herói para o povo negro brasileiro. Martin Luther King Jr, um dos nomes forte quando o assunto é ativismo negro. Ele foi líder do movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos e ficou conhecido por seu papel na luta contra a segregação racial e seu famoso discurso “I Have a Dream”. Por sua luta em prol do movimento de direitos civis dos Estados Unidos, Martin Luther King Jr., o vencedor do prêmio Nobel da paz de 1964, ou talvez grande Nelson Mandela que se tornou conhecido por ser líder anti-apartheid na África do Sul e ter lutado contra a opressão racial, se tornando o primeiro presidente negro da África do Sul de 1994 a 1999 e foi considerado como o mais importante líder da África Subsaariana. Por sua luta ele ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 1993. Mulheres como Dandara dos Palmares, Lélia Gonzales, Ruth de Souza, Antonieta de Barros, Carolina Maria de Jesus, Vania Cardoso, Marilene Gomes e tantas outras Marias, pessoas que se dedicaram em fazer a diferença com suas ferramentas mais potentes, palavras, pinceis, músicas, cultura, arte, e principalmente direitos, conquistando cada vez mais espaços para debaterem em meios aos brancos temas como o verdadeiro fim do racismo, uma realidade ainda muito distante.
Especialmente no mês de novembro, muitas atividades e projetos são realizados nas escolas de todo o país para comemorar a luta dos afrodescendentes.
Além disso, tem o intuito de conscientizar a população para a importância desse povo na formação social, histórica e cultural de nosso país. Não podemos ver com naturalidade injustiças e crueldades, independentemente da cor, raça, religião, etnia, orientação sexual ou qualquer forma. O respeito é o remédio para qualquer mal, cura quem respeita, cura o diferente e cura o igual.
Neste artigo gostaria de contribuir com as reflexões desta data, trazendo para vocês queridos leitores, a história do Jornalista e poeta brasileiro Lino de Pinto Guedes. E para ilustrar esta história vocês podem assistir no You Tube o documentário “Lino Guedes- Uma história que não se apaga”, produzido pelo grupo de trabalho NAVS- Núcleo de Audiovisuais da cidade de Socorro SP, com o apoio da lei de incentivo à cultura Paulo Gustavo, com um trabalho incrível que também valoriza a história deste notável ser humano.

Natural da cidade de Socorro–SP em 24 de junho de 1897, filho de ex-escravizados, ficou órfão de pai aos 2 anos de idade. Contou com a ajuda do fazendeiro e líder político local Olympio Gonçalves dos Reis para estudar na escola Normal em capinas. Ali começou a carreira de jornalista, colaborando com os jornais Diário do Povo e Correio Popular. Mais tarde, trabalhou também no Jornal do Comércio, O Combate, Razão, São Paulo – Jornal, Correio de Campinas, Correio Paulistano e Diário de São Paulo.
Foi também um militante do movimento negro, frequentando as associações e grêmios que atuavam na regão. Inspirado na obra de Luís Gama, fundou em 1923 o jornal Getulino (apelido do poeta), ao lado de Benedito Florêncio e Gervásio de Morais.
Em 1926, encerrou as atividades do Getulino e mudou-se para São Paulo. Na capital paulista, integrou o Centro Cívico Palmares e ajudou Argentino Celso Wanderley a fundar o jornal Progresso, também dedicado à causa negra[4].
Como poeta, usava o pseudônimo de Laly. Sua poesia era influenciada pelo romantismo abolicionista de Castro Alves e Vicente de Carvalho. Adotou formas populares, como a redondilha e até mesmo o cordel, enquanto na temática alternava entre poemas de amor (“Você é uma rosa, Dictinha,/ A florir com sua graça/ Toda esta existência minha!”) e a preocupação social com a situação do negro no Brasil.
Entre suas obras literárias estão:
1926 – Black de 1926, 1935-O canto do Cisne,1936 – Ressurreição negra 1936 Urucungo 1936 – Negro Preto Cor da Noite 1938 – O Pequeno Bandeirante1938 – Mestre Domingos/1938 – Sorrisos do Cativeiro /1938 – Vigília do Pai João / 1938 – Ditinha / 1943 – Nova Inquilina do Céu / 1951 – Suncristo /
Belíssima reflexão! Um olhar sincero e amoroso sobre uma questão tão relevante. E uma homenagem àqueles que ilustraram essa história.
Parabéns pela matéria que é de estrema importância
extrema
Obrigada pela sua atenção Lucas, é muito importantes receber o retorno dos nossos leitores.
Sensacional, eu sendo negro me senti apaixonado pela matéria
nossa como e poética suas palavras parabéns pela matéria muito importante para nossa história… sera q eu conheço a Vânia Cardoso desse texto ❤️